segunda-feira, 27 de junho de 2022

LITERATURA INFANTIL - LIVRO AUTORAL

LIVRO:





























Observação: Livro de literatura infantil, produzido em meu penúltimo semestre de licenciatura plena em Pedagogia (2021) para a disciplina Arte e Educação.






































































domingo, 29 de agosto de 2021

TEMÁTICAS PEDAGÓGICAS - Reflexão sobre filme : “O milagre de Anne Sullivann” (2000).

                              

                                   HELLEN KELLER E A SURDOCEGUEIRA


                        (Banner do filme dos anos 2000 - créditos à imagem :[HD] O Milagre de Anne Sullivan 1962 Assistir Online Dublado - Filme Completo (blackenalli.blogspot.com)

   A educação especial ao decorrer dos processos históricos sempre foi uma esfera ignorada pelas sociedades. Em cada momento da história humana podemos observar o comprometimento de alguém sendo atrelado a fatores místicos, sobrenaturais, religiosos e até mesmo ideológicos. Por muito tempo foi se atribuído aos indivíduos com deficiência estigmas que os deixavam a margem da sociedade. Foi desde abandono, infanticídio, roda dos enjeitados, que as sociedades refletiam nesse nicho de pessoas a demonstração de seus preconceitos mais obsoletos. Nos séculos XVII e XVIII podemos verificar países europeus como França, Inglaterra e Alemanha serem os pioneiros no que tange a educação especial; em Paris por exemplo já havia indícios das primeiras escolas especializadas para surdos (1620); também temos com o frade francês Charles Michel L'epée a elaboração de um sistema de sinais que contribuiu na alfabetização de crianças surdas em meados do século XVIII, se tornando a posteriori, embasamento pedagógico para a formulação da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).


 
(Charles Michel de l'Epée, o pai da educação pública para surdos)
(Crédito da imagem: El país)


                                                  (Crédito da imagem: site do Brasil Escola)

                                    (Sistema alfabético em Língua Brasileira de Sinais)

Foi somente no século XIX, marcado por inúmeros avanços tecnológicos, revolução documental e sob a égide do cientificismo que as pessoas com comprometimentos foram ganhando gradativamente relevância, todavia por causa de personalidades das elites que acometidas por alguma deficiência se posicionaram e militaram por direitos no que desencadeou por muitas iniciativas oficiais particulares e isoladas, como criação de institutos, formulação e fundamentação de sistemas linguísticos (gestuais e orais) extremamente importantes para os deficientes, em específicos os auditivos e os visuais. Um exemplo disso é do francês Louis Braille (professor) criador do sistema de escrita tátil para os deficientes visuais, que a posteriori, com reajustes e melhoras foi amplamente difundido e assim atendendo a esse público.



                (Louis Braille - crédito da imagem site da União de cegos do Rio Grande do Sul).

No Brasil do Segundo Reinado (1840- 1889)  Dom Pedro II fez inúmeras inciativas oficiais que perduraram até nossos dias: as mais famosas são a criação do Imperial Instituto dos meninos cegos  e o Imperial Instituto dos surdos – mudos. Entretanto com os avanços tecnocientíficos, foram detectados outros tipos de comprometimentos como a surdocegueira, tendo Hellen Keller um dos casos mais conhecidos e repercutidos do século XX. A surdocegueira é uma deficiência múltipla sensorial de caráter único,  mas com condições de perdas gradativas ou congênitas da visão e da audição combinada muita das vezes com outras deficiências e transtornos. Ela não pode ser considerada uma dupla deficiência, pois possui especificidades subjetivas das quais cada surdocego desenvolve maneiras peculiares de se comunicar com o mundo que os cerca. 


(Hellen Keller - intelectual - crédito da imagem Pinterest)

No Brasil há discussões assíduas a respeito de formulações de leis que assistam de maneira mais íntegra e honesta esses indivíduos com comprometimentos diversos e enrijeça a Lei nº 13.146/2015 que é um código legislativo recente, mas que na teoria atribuí direitos a todos os deficientes visando sua inclusão social e exercício pleno da cidadania. A população surdocega no Brasil estimasse 1,5 milhões (IBGE-2014) de pessoas acometidas. É uma parcela pequena e por essa razão o sistema regular de ensino não foi pensado em sua estrutura para assistir esses indivíduos, sendo assim essas pessoas são atendidas e acompanhadas em escolas especializadas, em sua maioria de cunho privado.

     Pensar numa educação de qualidade de indivíduos com surdocegueira que se considera desenvolver as esferas cognitiva, emocional e social, há a necessidade de uma parceria eficaz entre escola, família e sociedade, buscando por mecanismos que contribuam na aprendizagem significativa e na autonomia dos surdocegos.

     Como podemos verificar durante o filme, Anne Sullivann é a guia de Hellen Keller, sua intenção como professora é demostrar a criança surdocega como ler o seu mundo por meio da linguagem de sinais, assim atribuindo - lhe significados. Para articularmos uma aprendizagem favorável das crianças com surdocegueira necessitamos de buscar como educadores cursos especializantes para compreendermos com profundidade e clareza a melhor metodologia e didática úteis, que agreguem no processo de ensino aprendizagem destes, ou seja, adequando ao cotidiano escolar estratégias pedagógicas e organizando modalidades de comunicação que articulem a sociointeração desses alunos, refletindo numa real inclusão nas esferas educativas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
  • Artigos acadêmicos:





 






terça-feira, 13 de julho de 2021

Revolução Francesa (1789 / século XVIII)


 Síntese dos acontecimentos históricos:

       Desde o século XIII a Europa estava vivenciando notáveis transformações sociopolíticas, tendo a burguesia, nova classe em ascensão, que lutavam para varrer o antigo Sistema Feudo - Monárquico Absolutista do cenário atuante, para que se legitimassem como única classe aristocrática dominante. O termo Revolução se conceitua como mudanças profundas decorrentes das esferas sociais, políticas e econômicas, sendo algo visceral, ou seja, tendo seus desdobramentos naquele ambiente da qual se exija tais transformações, vai ganhando força e assim abrangendo para outros contextos, por meio do campo das ideias e dos discursos.

     A Revolução Francesa foi um movimento revolucionário de alto escalão, considerado pelos historiadores um intenso divisor de águas em nossa história, pois ela travou todas as suas batalhas no campo político radical de aspirações iluministas, sem roupagens religiosas, conquistando pela primeira vez, a derrocada da classe combatente (O velho regime) resultando no triunfo da classe burguesa capitalista mercantil. A Insurreição Francesa inaugurou a passagem da Idade Moderna para Idade Contemporânea; e trouxe além de uma radicalidade social, características democráticas que marcaram aquele evento.

    A França antes da revolução, estava organizada da seguinte forma:

  • Sistema agrário, com economia de subsistência baseada na posse de terras (Feudalismo-vassalo);
  •  Modelo Monárquico Absolutista - divididos em três estados: 1º Estado Clero (Igreja), 2º Estado Nobreza (tendo maiores privilégios por nascença ou laços sanguíneos) - ambos isentos de impostos); 3º Estado constituído pela Burguesia: trabalhadores urbanos e camponeses, estes pagavam altas taxas de impostos;
  •  Na figura do rei onde se concentravam os poderes legislativo, executivo e judiciário, ou seja, o Estado Trino se personificava no poder total nas mãos de um soberano, que naquele momento era Luís XVI.



      Fases da Revolução:

Monarquia Constitucional (1789-1792): A situação econômica na França estava bastante delicada, era necessário reformas nas bases para impedir que a crise avançasse para o campo político. O rei Luís XVI viu se obrigado a realizar uma assembleia com a presença de todos os representantes dos estados:

  •  Durante a reunião, membros do Terceiro Estado (Burguesia e as massas) sugeriram que fosse criada uma constituição que delegasse princípios igualitários para todos os franceses, e que fosse embasada nas diretrizes do liberalismo econômico, e que os sufrágios contabilizados fossem por indivíduos e não por estado;

·      O Clero e a nobreza se recusaram terminantemente a tais propostas, pois acabaria com suas regalias ociosas. Então assembleia foi dívida entre os apoiadores do rei (nobres e a Igreja – de direita) e os não apoiadores - girondinos (moderados, representados por Jacques Pierre Brissot) e os jacobinos (radicais de esquerda, liderado por Maximillien Robespierre);


                                 (Robespierre - créditos da imagem ao pinterest)




(Jacques Pierre Brissot - créditos de imagem ao Pinterest)

  •  Parte dos membros do primeiro Estado (Baixo clero) e o terceiro Estado (Burguesia) se apartam dos demais naquela sessão, para assim se reunirem em uma nova assembleia no Palácio de Versalhes, se auto intitularam representantes da nação, e formulam a primeira constituição; 
  •   Portanto, em 26 de agosto de 1789 foi aprovada por esta assembleia a declaração dos direitos humanos e do cidadão; (com o slogan LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE);
  •  Em 1791 foi aprovada a Constituição Monárquica, colocando o poder executivo nas mãos do rei, limitado pelo poder legislativo constituído pelos membros da assembleia. Enquanto a burguesia e o baixo clero produziam a legislação, nas ruas francesas ocorria levantes populares, sendo um ponta pé inicial para o movimento revolucionário propriamente dito.

                         
  (Créditos da imagem: )



          O Terror:


(Crédito de imagem: Pinterest)


  • Foi a época da qual os jacobinos tomaram o poder e instauraram a chamada “ditadura do terror”, o radicalismo tomou conta de toda a França, ocorreram inúmeras mudanças socioeconômicas, a revolução foi levada ao seu limite. Todos que eram contra ao movimento foram guilhotinados pela “lei dos suspeitos” inclusive a monarquia; o rei Luís XVI foi decapitado em 1793, e meses depois, sua esposa a rainha Maria Antonieta;
  • Para os ditadores, as execuções eram a maneira mais justa de acabar com todos os inimigos; essa atitude do estado despertou medo e repulsa da maioria dos franceses, colocando-os contra o líder Robespierre, o acusando de tirania. Considerada para os historiadores a fase da revolução mais sangrenta e desumana. Nem o maior ditador Robespierre foi poupado, sendo condenado a morte em 1794, por despotismo.


Diretório (1794-1799)


                    (Créditos da imagem:  site sua pesquisa )

  • Fase da qual os girondinos assumem o poderio francês, sendo cinco diretores quem governavam;
  • Apesar da liderança dos girondinos serem mais branda, eles atraíram a antipatia do povo, ao tomarem decisões que desagradavam as massas, como por exemplo ao revogarem a lei de congelamento dos preços;
  • Inúmeras nações europeias como Império Austríaco, a Inglaterra, entre outros, ameaçavam invasões, para conter os ideais revolucionários. Por essa razão, os girondinos resolvem recorrer ao jovem e imponente general Napoleão Bonaparte, convidando-o para fazer parte do governo, assim poderia combater de perto todas as forças inimigas.

Considerações gerais:
  • Transformação de sistemas de produção, do Feudalismo Monárquico para o Capitalismo Mercantil;
  • Ideal de liberalismo econômico atrelado as ideias do iluminismo moderno, com o objetivo de burlar todas as restrições impostas pelo Antigo Regime, pela liberdade de comércio internacional;
  • Mudança de uma economia de subsistência, dando privilégios a uma aristocracia fundada por laços de sangue ou herança nas terras, para uma economia de acumulação, com arrendamentos de feudos e confiscos de bens da nobreza e da Igreja;
  • Congelamento de preços de produtos básicos como trigo para conter a hiperinflação;
  • Ascensão e legitimação do poder da Burguesia e criação de uma constituição que visava direitos e deveres a todos os franceses,
  • Separação e delegação dos poderes estatais (legislativo, executivo e judiciário) sendo modelo para muitos países atuais;
  • Durante a revolução, a classe burguesa e as massas se tornaram a força motriz política dominante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Artigos:


Sites:

Sugestão de filme: Morte ao rei (2003).



 







segunda-feira, 28 de junho de 2021

Artigo: Historiografia e Ensino de História

Marc Bloch: A história como ciência e o ofício do historiador

     Refletido nos questionamentos suscitados pelos campos disciplinares acadêmicos da Teoria da História e da Prática de Ensino, nos deparamos com as literaturas, produto das concepções intelectuais e inovadoras da Escola dos Annales (França), que trouxeram o exercício da “prática da análise” com Marc Bloch e outros cientistas do social, que em meio à tantas turbulências vivenciadas pelo século XX; acarretou - se um sentimento de desânimo nos pensadores em relação ao regresso da humanidade, porém, ao mesmo tempo, provocou neles reflexões profundas que os conduziram à discussões calorosas, resultando em novos olhares e formatos mais específicos e abrangentes na produção científica, em particular uma maneira mais palpável e sensível de estudar o passado, com estudos inovadores, novas mentalidades, novos reflexos, ou seja, visões mais precisas sobre os conceitos historiográficos e assim novos rumos na produção do conhecimento histórico. 

    A Historiografia antes de ganhar uma notoriedade e reconhecimento como parte do conhecimento cientifico sofreu muitas modificações e releituras para se enquadrar na epistemologia empírica do século XIX, que valorizava as ciências dos experimentos exatos. Assim os historiadores positivistas (POSITIVISMO) produziram um conhecimento histórico mais voltado ao sentimento nacionalista da época e aos interesses da classe burguesa dominante, narrando a História com característica factual, buscando de forma objetiva e imparcial a veracidade nos documentos escritos, legitimando a História como ciência dos grandes heróis e suas verdades absolutas nas fontes oficiais.



                                       (Escola Positivista - Europa- século XIX )

                                         (Créditos ao blog História do mundo)

    No século XX, com a chamada revolução documental, os intelectuais da Escola dos Annales (França) quebram esse paradigma. Marc Bloch historiador político, autor de inúmeras renomadas obras, produz em momentos intensos de sua vida, aglomerados de ensaios nominados “Apologia da história”, do qual, sob seu viés, que contrapõem - se ao Positivismo, houve se ideia de repensar a história não apenas como estudos das sociedades passadas, mas o seu papel como ciência que contextualiza, critica, dá significado desse passado estudado, não buscando por verdades absolutas, porém outras inúmeras visões de saber ler e compreender a nossa realidade vivenciada. A ciência histórica vai muito além de narrar fatos, ela é viva, contínua, subjetiva, tem o poder de dialogar com outras áreas do conhecimento (interdisciplinaridade), pois dela vem a intervenção de pensar na essencialidade dos acontecimentos que envolvem o homem em sua totalidade.


            (Da esquerda para a direita: Marc Bloch, Lucien Febvre e Fernad   Braudel)

                          (Créditos da imagem: blog overdose de teorias)


    Bloch afirma:

“(...) Por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que a criaram, são os homens que a história quer capturar. ” (Bloch, p.54, 2001).

“Ciência dos homens, dissemos. Ainda é vago demais. É preciso acrescentar “ciência dos homens no tempo.” (Bloch, p.55, 2001).

                   (Obra escrita por M. Bloch quando ele estava preso pela Gestapo)

    Bloch faz tais afirmações buscando expor para nós que a história é ciência, e tem seu diferencial das outras, pois além de estudar o homem e suas complexidades em cada contexto histórico, ela propicia que qualquer ser humano seja um produtor de História, e que dentro da concepção analítica e inovadora da história-problema todos os indivíduos são agentes históricos, pois a historiografia captura o aparecimento do homem em suas construções interpessoais. Ela é excepcional, pois é um conhecimento científico do homem para o homem, sua matéria prima é o homem quanto humano vivo subjetivo, em suas especificidades, que interage e transforma seu meio, deixando rastros, marcas implícitas ou explicitas, decorrentes no tempo que respigam e refletem na cultura e na construção sociopolítica da sociedade em vigente ascensão.

Para se compreender ofício do historiador - pesquisador ou do docente de história na sociedade atuante, precisamos entender o sentido de tempo na concepção histórica. Portanto, se matéria prima da ciência histórica é o homem, o tempo histórico seria a duração de um evento relacionado nas mudanças das sociedades humanas, onde o homem protagoniza a transformação e ao mesmo tempo se transforma. 

Segundo Bloch:

 “O tempo da história é ao contrário, é o próprio plasma em que se engastam os fenômenos e como o lugar de sua inteligibilidade.” (Bloch, p.55,2001).

 “Ora, esse tempo verdadeiro é, por natureza um continuum. É também perpétuo de mudanças.” (Bloch, p.55, 2001).

Então podemos constatar que, a grosso modo, o objeto de estudo do professor -historiador seria uma conjuntura (pedaço) de tempo histórico; toda a fonte material ou imaterial, testemunhos, produção historiográfica, vestígios, ou seja, todas as informações contidas nesse passado, que nos propiciará o exercício da observação histórica, e que nos conduzirá a percepção da ação transformadora do homem e as concepções de rupturas e continuidades.

 Bloch ressalta que o historiador dialoga e suscita seus questionamentos de acordo com o lugar social que está inserido, então pode se dizer que apesar do professor - historiador ter pretensões, é seu ofício como um cientista do social diagnosticar sua realidade vivenciada e procurar buscar nos estudos de um passado histórico especifico, algo que tente sanar seus questionamentos, não importando seu ponto de partida, mas onde ele pretende chegar; e como docente de história conduzir o aluno ao conhecimento histórico, o incluir de forma saudável no processo ensino - aprendizagem, ensinando coisas do passado que façam sentido na realidade do educando, não ferindo sua dignidade humana, e nem ferir a sua própria ética acadêmica, mas pensar que através de seu conhecimento cientifico, deve ensinar história que construa seres humanos críticos, reflexivos, com postura, que assimilem um conhecimento histórico que contribuam em suas relações humanas, ou seja, constituir indivíduos que obtenham um leque de possibilidade de leituras do mundo e da realidade que os cercam.

Autora: Professora Tatiane André de Matos.


VOCABULÁRIO:

Historiografia: conjunto de obras, pesquisas, ensaios, artigos, podcasts, vídeos; etc. - que tratam da escrita científica sobre os fatos do passado.

      Epistemologia: ou Teoria do conhecimento é o ramo da Filosofia que estuda os processos pelos quais se produz o conhecimento científico atrelado aos saberes humanos que determinam sua natureza e validade.

     Positivismo ou escola positivista: Corrente teórica criada pelo filósofo francês Auguste Comte, que buscava enquadrar as narrativas históricas aos padrões da epistemologia empírica trazida pelo cientificismo moderno do século XIX, que determinava o que era considerada ciência, aquilo que poderia ser provado ou validado. O documento escrito era analisado de maneira imparcial e neutra, buscando a verdade absoluta dos fatos.

 Gestapo: Polícia secreta do Estado Nazista, criada em 1933.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS :

Livro:

BLOCH, Marc. Apologia da história, ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

Portais e blogs:

Link: Positivismo: o que é, origem e características - História do Mundo (historiadomundo.com.br)

Link: A Escola dos Annales | OVERDOSE DE TEORIAS (wordpress.com)


quarta-feira, 23 de junho de 2021

CATEGORIA - RESUMO - SOBRE A ERA DAS REVOLUÇÕES ( SÉCULO XX)

 

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA: REVOLUÇÃO RUSSA - 1917


DIFERENÇAS ENTRE A REVOLUÇÃO DE FEVEREIRO  E REVOLUÇÃO DE OUTUBRO.

                                                        (Créditos da imagem: Pinterest)



                                            (Crédito de imagem: site Toda Matéria)

    Para refletirmos no processo revolucionário que envolve a Rússia, devemos pontuar fatores importantes que desencadearam a revolução que tem seu caráter visceral, ou seja, a reconfiguração das estruturas internas do sistema social do território russo refletiu fortemente no fluxo de marcantes acontecimentos externos como a Primeira Grande Guerra Mundial, que propiciará na ascensão de uma potente hegemonia nivelada ao poderio norte americano (EUA) que posteriormente proporcionará numa esmagadora “queda de braço” de ambos no conflito ideológico da chamada Guerra Fria.

    Em meados do século XX, a Rússia ainda vivia sob o domínio de uma dinastia, as do Romanov, do Czar Nicolau II, um Imperador autocrata, que regia o Império aos moldes absolutistas, um governo de privilégios para a classe dominante em contraste com o contingente populacional de maior número formado por camponeses e operários. A Rússia ainda era uma nação de caráter predominantemente agrário de escassas atividades industriais. Crescia as insatisfações do povo (classe subjugada, de restrito acesso à educação), que sofria com tensos problemas econômicos gerados pelo conflito Nipo- Russo, do qual os russos saíram derrotados. 


                                    (Guerra Russa - Japonesa - 1904 à 1905)
                                             (Créditos da imagem: Pinterest)

    Para amenizar as tensões internas o líder Imperial resolver criar a Duma, um tipo de parlamento, onde a partir de então a Monarquia instaurada passaria a ser de caráter Constitucionalista (ou seja leis regeriam a sociedade). Nesse parlamento ocorreu calorosos debates com a disseminação do pensamento marxista; ascende então desse grupo de parlamentares dois partidos: os mencheviques, considerados sociais democratas e os bolcheviques, considerado os comunistas. Os descontentamentos potencializaram  quando o Czar Nicolau II decidiu que, a Rússia mesmo sem condições econômicas  permaneceria no conflito bélico europeu (1ª Grande Guerra Mundial), acelerando assim o colapso generalizado da economia interna e o despertar do povo russo em relação de lutar por conquistas de melhoria de vida e o resgate de sua dignidade.


                                       ( A Duma - Créditos da imagem: Pinterest)

    Em meio dessas agitações populares revolucionárias em prol de transformações, surge os Sovietes, que são um conselho organizador e gerenciador das causas do trabalhador operário russo. As complexidades internas estavam cada vez mais gritantes, o ódio contra o governo só aumentava, a fome e a miséria pairava sobre a população subserviente; manifestações se estalaram pelas principais cidades russas; O partido dos mencheviques, (um grupo minoritário) que ansiavam por uma revolução por etapas, alçaram seu objetivo. Em fevereiro de 1917, a Monarquia é derrubada, e a Rússia sofre transformações de caráter burguês, tornando se uma Republica Parlamentarista, onde os socialistas moderados assumem o poder, constituindo assim o Governo Provisório.

     Apesar das tensões internas tenham sido amenizadas, o clima de disputa pelo poderio russo continuava pela dualidade entre os sociais democratas e os comunistas facciosos. Os bolcheviques então, disseminam ideais (marxistas) leninistas no meio dos camponeses e operários insatisfeitos com o Governo Provisório. Uma outra revolução explode, onde os comunistas bolchevistas ao controlarem os sovietes, conseguem realizar um golpe de Estado e tomam o poder da liderança russa em outubro de 1917, instaurando assim o primeiro Estado dito Socialista no planeta; fazendo os russos vivenciarem o período mais democrático do país. 

     Pode se considerar que a diferença entre a revolução de fevereiro da revolução de outubro de 1917 é que, na primeira, a motivação revolucionária partiu da vontade popular, porém o processo foi conduzido pela Burguesia. Na segunda, a grande sacada foi a ideia de unir e organizar as distintas classes subjugadas, assim ganhando apoio da maioria da população e propiciando reconfigurações que não teriam a necessidade de passar por etapas, mas que a revolução seria realizada pela massa a favor da massa, e hipoteticamente teria um caráter mais comunista , com o lema “Paz, Pão e Terra", criando assim um governo que em teoria que se organizaria e lutaria mais em prol dos direitos populares, isto é, pelos menos favorecidos que formam a maior parte da sociedade russa, constituindo portanto a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.(URSS), tendo sua duração até meados de 1991.


                          (Bandeira da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas)

                                       (Créditos da imagem: Pinterest)


A QUESTÃO DA NEP (NOVA POLÍTICA ECONÔMICA) E AS PROPOSTAS QUE FUNDAMENTARAM O GRUPO BOLCHEVIQUE

    Os bolcheviques, partido maioritário considerados facciosos, pensavam num processo revolucionário sem necessidades de passar por etapas, ou seja, acreditavam que um país em subdesenvolvimento como a Rússia possuíam fatores e um ambiente que propiciariam um processo revolucionário direto, que resultaria na ditadura do proletariado como propunha o marxismo leninista (ideais do político Vladimir Lenin).

    Com a chamada contrarrevolução, o partido bolchevista assume o poder da Rússia, propondo a união de territórios fragmentados, constituindo assim a URSS (União das Republicas Socialistas Soviéticas); fortalecendo a aliança entre os camponeses e o proletariado, reconfigurando a nação aos moldes do sistema socialista. Porém, no início 1921, a Rússia estava devastada tanto internamente com a crise econômica e guerras civis, e externamente, por conta de fortes respingos proeminentes da participação na Primeira Grande Guerra Mundial. 

    Os bolcheviques tinham em suas mãos uma tarefa árdua de restaurar em sua totalidade a economia russa, ou seja, o objetivo maior não era vencer o ideal capitalista, mas a fome e a miséria que assolavam a população, isto é, deveriam propor medidas que reativassem os circuitos econômicos e assim recolocar o país em movimento. Na tentativa de resolução desses problemas, os bolcheviques criaram a NEP (Nova Política Econômica) que traz propostas para melhorias na economia, onde ocorreria uma introdução de características capitalistas nas atividades dos circuitos econômicos. Sendo assim, reajustes foram realizados como: para estimular a produção agrícola, fixou se um imposto único, dando legalidade para o camponês de produzir o que desejasse e de vender o excedente por quanto quisesse e conviesse; reativação de feiras e mercados para redes de comercialização; meios de transportes; reorganização da grande indústria estatizada , entre outras medidas tomadas pelo governo.

     A nova política de economia pretendia liberalizar as relações econômicas (marcadas por características capitalistas) porém gerenciadas pelo Estado; essas medidas desenvolvidas eram bem duras, o governo agia de forma inflexível, porém se justificava alegando que se tratavam apenas medidas “provisórias”, colocando a sobrevivência acima de tudo; e mesmo que tais atitudes tomadas se distanciavam dos ideais socialistas tão sonhados e pregados pelo marxismo leninista, o que importava para os bolcheviques era de manter seu poder. Todavia, aquilo que deveria ter se tornado a ditadura do proletariado, que é o suporte essencial do sistema socialista, se transformou, segundo as concepções dos historiadores revisionistas, a ditadura do partido comunista bolchevista, que colocava os ideais em prol de todos em segundo plano, e se curvava para a incessante busca por seus próprios interesses, se utilizando da NEP como um vínculo de manipulação que atendesse aos seus objetivos.



                                        (Créditos da imagem: Brasil escola)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aula expositiva sobre a Revolução Russa 

Link Aula 05 revolução russa (slideshare.net) 

Artigos:

Linkhistoriografia-da-revolucao-russa-antigas-e-novas-abordagens_angelo-segrillo.pdf (usp.br)




LITERATURA INFANTIL - LIVRO AUTORAL

LIVRO: Observação: Livro de literatura infantil, produzido em meu penúltimo semestre de licenciatura plena em Pedagogia (2021) para a discip...